A professora de artes visuais da escola é, também, artista plástica.
Trouxemos essa obra para ser apreciada pela turma do 1o. ano, sem contar a elas quem era a artista. Assim, criamos uma atmosfera de suspense e curiosidade. Quisemos mostrar às crianças que todos podem expressar seus sentimentos por meio da arte.
Mediamos a leitura da obra com perguntas, como:
O que é essa imagem?
Quais as cores que a artista usou?
Tem movimento? Por quê?
Como a artista conseguiu movimento num desenho que está parado, pintado na tela?
Quais as sensações que essa imagem trás para você?
Num segundo momento, convidamos às crianças para uma entrevista com a "artista".
Foi uma surpresa para as crianças, ao verem a professora Elyete Bachur.
Como a tela de Elyete, é muito gestual, trouxemos uma vivência corporal, com o objetivo de preparar o corpo das crianças para a criação plástica, desenvolvimento a percepção e possibilidades corporais.
As crianças ficaram descalças e tiraram o tênis e a meia.
- Pedimos para as crianças caminharem pelo espaço, em silêncio, observando todos os detalhes do chão, paredes, teto. Observarem as cores, a luminosidade do local... Colocamos uma música orquestrada ao fundo (sons da natureza).
- Exploramos várias situações corporais:
Caminhar como se os pés estivessem amarrados.
Explorar as diversas posições dos pés ( calcanhar, ponta, lateral direita e esquerda).
Ter gesso nos pés
Ter um grande peso sobre a cabeça
Estar sobre patins
Estar na grama
Estar na lama
Para finalizar a exploração e soltura corporal:
Em duplas, uma criança foi escolhida para ser a líder e fez um movimento expressivo que foi observado pelo seu companheiro e imitado depois. Trocou-se de posição de liderança quando o líder ficou lado-a-lado com o conduzido e esse passou a ser o líder.
– Movimento expressivo
Após a exploração corporal propusemos a criação plástica .
Deixamos diversos papéis bem grandes como craft, materiais diversos ( massinha, pincel, tinta, argila...) para que as crianças pudessem escolher.
Colocamos um fundo musical tranquilo/agitado para as crianças fazerem suas criações artísticas. Ao final, pedimos para comentarem as sensações com a música tranquila e agitada, assinalando as semelhanças e diferenças.
Deixamos claro para as crianças que não se preocupassem em desenhar uma forma específica e sim, soltar o traçado no papel, sentindo o ritmo da música pulsar na mão e no papel.
Dica: sugerimos que ficassem com os olhos fechados para que o canal da audição ficasse aflorado (percepção auditiva).
Foi muito interessante observar a reação natural e perceptiva das crianças e como foram criativas.
Cristina Saghy Kassab
Nenhum comentário:
Postar um comentário